Vemos o que nos rodeia – pessoas, circunstâncias ou coisas – não como elas de facto são mas sim como nós somos.
“(…) a verdade que se percepciona, é subjectiva e pode estar errada. E se não existir verdade absoluta? E se existir apenas graus de verdade (ou mentiras) que dizemos a nós mesmos? Os eventos neutros são alvo de uma interpretação subjectiva, através das lentes da nossa percepção. A “verdade” é meramente um produto das percepções, que são coloridas pela experiência, influenciadas pelo actual estado de “espírito”.
Tornarmo-nos conscientes de que nós somos os criadores da história, formando o significado dos acontecimentos que constroem o sentido da vida, pode, assim, reformatar o pensamento. A capacidade de nos afastarmos dos pensamentos, para realmente pensar sobre o processo de pensamento é fundamental na terapia cognitiva.
Será importante estarmos conscientes de que a nossa visão da realidade é enormemente subjectiva e que por isso mesmo erramos constantemente. Poderemos perspectivar, então, os nossos erros e os erros alheios num enquadramento de compreensão, aceitação e de negociação compassiva.
A prática meditativa ajuda-nos neste processo, ao diminuir os obstáculos perceptivos e ao tornar a nossa visão do mundo mais clara e mais pacífica.”
http://www.spm-be.pt/2013/05/meditacao-e-o-estar-errado.html#.Ubz-qufD5E4